Vago pela noite procurando entender o que fiz de errado nessa vida para não te merecer. Por favor, me dê uma resposta convincente a qual permita compreender o que houve de errado entre nós. Porém, vamos ser realistas, sofro; mas não quero mais sofrer.
Na verdade, és tu que não podes me querer. És nociva para mim, como uma cobra peçonhenta pronta para dar o bote.
Estou envenenado por você...
Esse amor me mata aos poucos e a cada dia o desprezo é um feto, que desenvolve-se aqui dentro.
Semente
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Postado por
Binhu Seixas
às
15:06
3
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Capítulo 3
O vento uivava forte naquela manhã. A matiz de cinza engolia o céu, o deixando cada vez mais pálido. A rua Calle de Villanueva se situava a algumas quadras do comércio da cidade, mesmo assim, a vida daquele lugar vinha respeitando algumas horas de silêncio.Um grupo de policiais estavam parados no portão principal da mansão dos Mallardo. O inspetor Henry já estava averiguando possíveis rastros no pátio da entrada da casa, como lhe era costumeiro fazer em todos os seus casos. Javier Dantas, havia acabado de chegar. Saiu do seu pequeno carro, e antes de entrar na casa e começar o trabalho, fez questão de saber algumas primeiras informações com os policiais. Chegar com conhecimentos prévios do assunto, o ajudava a evitar grandes surpresas.
- Meus caros, desculpa incomodar-lhes, eu sou o detetive Javier Dantas e preciso...
- Nós sabemos quem é o senhor, detetive - Interrompeu um dos policiais ali presentes.
- Que bom que de alguma maneira meu nome é reconhecido. - Eu preciso saber alguns detalhes sobre o crime policiais. - Continuou
- Quais detalhes detetive?
- Hum...vejam bem, eu quero saber a que horas foi constatado que o crime ocorreu?
- Segundo o médico legista e de acordo a um depoimento extraoficial de um dos empregados, supõe-se que tenha sido por volta das nove horas da noite de ontem.
- Ahn...Ainda vou averiguar melhor isso. Ás vezes, esses depoimentos se anulam. - Pôs a mão no queixo, fez uma pausa e continuou.
- Você tem conhecimento de algum familiar que está ou esteve aqui essa manhã?
- Sim. Alguns tios e tias apareceram aqui.
- Sei...quem descobriu o corpo da senhorita Mallardo?
- O seu próprio marido - afirmou o policial.
Javier não conseguiu impedir uma reação, um tanto surpresa com a afirmação.
- Obrigado senhores. Para conhecimento prévio é tudo. Preciso entrar e saber de outras coisas mais exatas.
- Disponha. - Falou um dos policiais de maneira um pouco sarcástica.
- Sei que posso. - Falou e piscou um olho para eles.
O detetive apressou-se e entrou na mansão. Deparou-se com o inspetor Henry interrogando um dos empregados. Ao ver o detetive, o inspetor soltou-lhe um sorriso sem vontade e prosseguiu seu interrogatório. Javier atravessou o pátio e encontrou uma bifurcação. Um dos lados se estendia para um outro espaço enorme que parecia ser uma área de jogos, e no outro, dava acesso a uma escada, que levava ao primeiro andar. Um pouco antes ainda da bifurcação, no lado esquerdo, havia um corredor onde se encontravam os quartos dos empregados, e um espaço que se abria para a lavagem e secagem das roupas. Javier subiu as escadas, vermelhas, como se fossem de alguma familia real espanhola. No primeiro andar ficavam a maioria dos aposentos da casa, o quarto de Isa e do seu marido, o quarto do falecido casal Mallardo, o quarto de Luca, dois quartos de hóspedes, três banheiros, além da enorme cozinha, antessala, sala, salão e escritório. Ali estava o chefe de de polícia Carlos Navarro dando ordens para alguns policiais, além de jornalistas e fotógrafos interessados em uma boa matéria, e consequentemente, uma promoção. Javier foi ao encontro do chefe de polícia averiguar toda a situação.
- Bom dia Sr. Navarro! Fui chamado para tentar ajudar no caso.
- Não seja modesto Javier. Não me venha com essas formalidades em tal ocasião. - Proferiu tais palavras ao puxar uma cadeira para si e para o detetive, e acenou com a cabeça para que ele sentasse.
- E...Não é um dos melhores dias. - Continuou.
Javier e Carlos eram bons amigos. Conheceram-se ainda na época de colégio e matavam aulas juntos para poder jogar bola no campo ao lado da escola. O tempo não havia estragado nem a amizade nem o humor sarcástico que sempre permeou a conversa dos dois.
- Está ficando velho Sr.Dantas! Precisa cuidar-se. - Disse o chefe de polícia, logo após caindo em gargalhadas.
- Receio que o senhor também não me deixa padecer desse mal sozinho.
- Cortando um pouco as cordialidades, algumas coisas me intrigam Carlos. - Sei que Isa era a maior herdeira da fortuna dois pais, mas o irmão tem uma grande parte, a família tem sua parte também e o marido de Isa desfrutava do dinheiro da senhorita. Por qual motivo esse crime ocorreu? É algo em que eu me perco pensando. Receio que eu ainda não coloquei a cabeça pra funcionar como deveria.
- De fato é estranho Javier. Mas eu confio no seu trabalho e sei que as coisas irão se resolver. Mas o que não vão faltar nesse crime são coisas estranhas, eu prometo. Venha aqui comigo.
O chefe Navarro levantou e partiu em direção aos quartos. Passaram por um, em que a porta estava fechada, um pouco mais a frente, havia um quarto com a porta aberta, possibilitando assim a vista do seu interior. Havia alguns pôsteres do time de futebl Real Madrid, do qual Luca era fã. O quarto seguinte também encontrava-se aberto e continha móveis de luxo, uma cama de casal, que não perdia em nada para aquelas camas dos sheiks árabes. Era o quarto de Isa. Javier passou os olhos em busca do corpo e dos legistas trabalhando no local, mas não encontrou nada. Antes que abrisse a boca para demonstrar sua surpresa e chamar a atenção do chefe de polícia, o próprio Navarro se antecipou.
- Eu sei amigo. Não te falei?! Isa foi morta no último quarto do corredor. Um quarto de hóspedes. O seu marido a encontrou caída de costas com uma faca fincada no pescoço. Não ouviu gritos, nem viu nada de supeito. Terás a oportunidade de interrogar todas as pessoas que trabalham e moram aqui, e também os próximos a eles. O marido de Isa se chama Pedro Fuentes. Ele está na casa de seus pais nesse momento, supostamente desolado.
- Isso é realmente muito estranho. Ao mesmo tempo me parece bastante sugestivo.
- Quer mais coisas estranhas? - Apenas isa tinha a chave desses quartos de hóspedes. Será que ela correu para a morte?
- É deveras estranho Carlos. É de se estudar.
Javier, ainda perplexo, pareceu continuar imerso em seus pensamentos. Ficou ali olhando o corpo de Isa Mallardo sendo analisado pelos médicos, esperando talvez que a mesma levantasse e se dispusesse a falar.
Continua no próximo capítulo.
- Meus caros, desculpa incomodar-lhes, eu sou o detetive Javier Dantas e preciso...
- Nós sabemos quem é o senhor, detetive - Interrompeu um dos policiais ali presentes.
- Que bom que de alguma maneira meu nome é reconhecido. - Eu preciso saber alguns detalhes sobre o crime policiais. - Continuou
- Quais detalhes detetive?
- Hum...vejam bem, eu quero saber a que horas foi constatado que o crime ocorreu?
- Segundo o médico legista e de acordo a um depoimento extraoficial de um dos empregados, supõe-se que tenha sido por volta das nove horas da noite de ontem.
- Ahn...Ainda vou averiguar melhor isso. Ás vezes, esses depoimentos se anulam. - Pôs a mão no queixo, fez uma pausa e continuou.
- Você tem conhecimento de algum familiar que está ou esteve aqui essa manhã?
- Sim. Alguns tios e tias apareceram aqui.
- Sei...quem descobriu o corpo da senhorita Mallardo?
- O seu próprio marido - afirmou o policial.
Javier não conseguiu impedir uma reação, um tanto surpresa com a afirmação.
- Obrigado senhores. Para conhecimento prévio é tudo. Preciso entrar e saber de outras coisas mais exatas.
- Disponha. - Falou um dos policiais de maneira um pouco sarcástica.
- Sei que posso. - Falou e piscou um olho para eles.
O detetive apressou-se e entrou na mansão. Deparou-se com o inspetor Henry interrogando um dos empregados. Ao ver o detetive, o inspetor soltou-lhe um sorriso sem vontade e prosseguiu seu interrogatório. Javier atravessou o pátio e encontrou uma bifurcação. Um dos lados se estendia para um outro espaço enorme que parecia ser uma área de jogos, e no outro, dava acesso a uma escada, que levava ao primeiro andar. Um pouco antes ainda da bifurcação, no lado esquerdo, havia um corredor onde se encontravam os quartos dos empregados, e um espaço que se abria para a lavagem e secagem das roupas. Javier subiu as escadas, vermelhas, como se fossem de alguma familia real espanhola. No primeiro andar ficavam a maioria dos aposentos da casa, o quarto de Isa e do seu marido, o quarto do falecido casal Mallardo, o quarto de Luca, dois quartos de hóspedes, três banheiros, além da enorme cozinha, antessala, sala, salão e escritório. Ali estava o chefe de de polícia Carlos Navarro dando ordens para alguns policiais, além de jornalistas e fotógrafos interessados em uma boa matéria, e consequentemente, uma promoção. Javier foi ao encontro do chefe de polícia averiguar toda a situação.
- Bom dia Sr. Navarro! Fui chamado para tentar ajudar no caso.
- Não seja modesto Javier. Não me venha com essas formalidades em tal ocasião. - Proferiu tais palavras ao puxar uma cadeira para si e para o detetive, e acenou com a cabeça para que ele sentasse.
- E...Não é um dos melhores dias. - Continuou.
Javier e Carlos eram bons amigos. Conheceram-se ainda na época de colégio e matavam aulas juntos para poder jogar bola no campo ao lado da escola. O tempo não havia estragado nem a amizade nem o humor sarcástico que sempre permeou a conversa dos dois.
- Está ficando velho Sr.Dantas! Precisa cuidar-se. - Disse o chefe de polícia, logo após caindo em gargalhadas.
- Receio que o senhor também não me deixa padecer desse mal sozinho.
- Cortando um pouco as cordialidades, algumas coisas me intrigam Carlos. - Sei que Isa era a maior herdeira da fortuna dois pais, mas o irmão tem uma grande parte, a família tem sua parte também e o marido de Isa desfrutava do dinheiro da senhorita. Por qual motivo esse crime ocorreu? É algo em que eu me perco pensando. Receio que eu ainda não coloquei a cabeça pra funcionar como deveria.
- De fato é estranho Javier. Mas eu confio no seu trabalho e sei que as coisas irão se resolver. Mas o que não vão faltar nesse crime são coisas estranhas, eu prometo. Venha aqui comigo.
O chefe Navarro levantou e partiu em direção aos quartos. Passaram por um, em que a porta estava fechada, um pouco mais a frente, havia um quarto com a porta aberta, possibilitando assim a vista do seu interior. Havia alguns pôsteres do time de futebl Real Madrid, do qual Luca era fã. O quarto seguinte também encontrava-se aberto e continha móveis de luxo, uma cama de casal, que não perdia em nada para aquelas camas dos sheiks árabes. Era o quarto de Isa. Javier passou os olhos em busca do corpo e dos legistas trabalhando no local, mas não encontrou nada. Antes que abrisse a boca para demonstrar sua surpresa e chamar a atenção do chefe de polícia, o próprio Navarro se antecipou.
- Eu sei amigo. Não te falei?! Isa foi morta no último quarto do corredor. Um quarto de hóspedes. O seu marido a encontrou caída de costas com uma faca fincada no pescoço. Não ouviu gritos, nem viu nada de supeito. Terás a oportunidade de interrogar todas as pessoas que trabalham e moram aqui, e também os próximos a eles. O marido de Isa se chama Pedro Fuentes. Ele está na casa de seus pais nesse momento, supostamente desolado.
- Isso é realmente muito estranho. Ao mesmo tempo me parece bastante sugestivo.
- Quer mais coisas estranhas? - Apenas isa tinha a chave desses quartos de hóspedes. Será que ela correu para a morte?
- É deveras estranho Carlos. É de se estudar.
Javier, ainda perplexo, pareceu continuar imerso em seus pensamentos. Ficou ali olhando o corpo de Isa Mallardo sendo analisado pelos médicos, esperando talvez que a mesma levantasse e se dispusesse a falar.
Continua no próximo capítulo.
Postado por
Rodrigo Seixas
às
09:45
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