Inspiração em forma de notas e acordes

Oráculo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

São nesses momentos que te vejo em mim,
Assim tão só, por desejar,
Entender em nós o que há de vir,
Entender em mim o que há de estar

São nessas horas que a luz se acende,
E em teus olhos vejo o abrir das portas,
Para um futuro que ardentemente nos espera,
Dois alheios corpos que se entorpecem, que se namoram

E em minha frente eis em ti oráculo,
Das incertezas vindouras, das sortes, das chances,
Faço-te então amuleto, não te faço obstáculo
Te faço meio para um fim que se alcançe

Te faço então minha, no ansioso momento do agora,
Sem esperar o futuro que tão confuso impera,
Te tenho em mim no justo instante, na exata hora,
E o futuro, ele que se ajeite, para o cenário que espera

Anacrônico

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tic tac faz o relógio;
e as horas passam, nesse período lógico...
Tum tum noutro tempo analógico;
repercute o som dessa paixão...

Coração solitário está.
Tristeza querendo chegar.
Saudade? Mora cá.
Sem ter você para consolar.

Confuso por negar o meu amor...
transfiguras toda beleza em dor?
Oh amada... houve o meu clamor!
Desilusão já passa.
Dá-me chance, por favor...

Agreste

Vem de peito valente e afronta-me
Com seus semblantes fortes, com sua espada em mãos
Vem guerrear-me e fazer-me fraco, tolo, vão
Vem maltratar-me e fazer-me cão,
Vem humilhar-me tendo-me em tuas mãos

Vem falar-me em tom de alta voz,
Para que eu corra pros teus lençóis,
E me sinta o toque, e dando-nos nós
Faça-me assim seu herói e ao mesmo tempo algoz

E dentro da noite que desce, e que em nós converge
Deita-me as pernas lisas, e o meu corpo enrijece
E sentindo o teu perfume, do odor que prevalece
Vem mostrar-me o quanto, o quanto és agreste.

Sina

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E a sina prossegue em disseminar enganos
Tantos problemas por debaixo do pano,
Tanta discórdia debaixo da coberta fria,
E tantos martírios que ele escondia
Na expectativa de um novo plano

E começou a buscar saídas,
Mas se perdia na própria vida,
Que já não sabia o que era luz ou escuridão
Apenas ia madrugada afora
E o livre transcorrer das horas
O arrastavam para solidão

A um passo do seu extermínio,
Consegue ver rastros de fascínio,
Pelo que deixara de ver de bom
Mas no último instante,
em seus olhos raiou o brilho,
Vindo do céu, para seu suspiro,
Levar em paz, o que não acordou
Para o caminho certo, que outrora errante
Para mostrar que a vida não se acabou

Prisioneiro do Amor

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Porque me prendo a você?

Seria porque quando estou contigo sinto-me feliz?
Ou será porque não preciso me esforçar tanto para fazê-la rir?

É bem provável que seja porque a AMO. Mas será que amá-la é o bastante?
Ou não possuo o bastante para amá-la?

Pensando melhor, tú és bem racional ,e eu mais emotivo. Mas não dizem que os opostos se atraem?

Para ser sincero, estou confuso...

Atordoado por não poder oferecer-lhe todo o carinho que gostaria.
Difícil amar assim. É como praia sem Mar!

Espero que um dia retorne para mim, assim como a brisa, suave e terna.

Eterna...