Inspiração em forma de notas e acordes

Cap 6 Pedro Fuentes

sábado, 11 de julho de 2009

Madrid, 15:30 do dia 15 de abril do ano de 1971

Javier já esperava pelo chefe de polícia que havia voltado à casa dos Mallardo. Ele ainda estava caminhando no labirinto dos seus pensamentos quando o chefe de polícia, seu amigo Carlos Navarro, o interrompeu:
- Javier, se tem algo que ainda gosto do cargo de chefe de polícia é o tempinho que temos para descansar depois do almoço. - Falou rindo o chefe.
- Isso você é quem faz. Abuso de poder. Nesse intervalo de tempo existem casos chegando a sua mesa.- Javier contribuiu com o humor do amigo.
- Vamos ao que interessa. Alguma novidade? Suspeitos?
- Tenho sim. Pedro Fuentes.
- O marido. Já havia pensado nele. Parece bem lógico, a fortuna da mulher para ele.
- Por ser lógico demais é que eu tenho as minhas dúvidas. Mas eu estou com uns pensamentos que ainda parecem confusos. Irei interrogar o marido de Isa.
- Se precisar da sala de interrogatório da polícia, pode me avisar que eu libero.
- Agradeço Carlos. Mandem chamá-lo na casa dos seus pais. É onde está, não é?
- É sim. Mas está sob aviso. Mandarei um dos policiais. Trarei dentro de alguns minutos.
O chefe de polícia já se retirava quando o detetive o chamou novamente.
- Carlos. Procure saber quem é o advogado de Isa. Quero saber se ela mantinha um testamento ou planejava fazer.
- O que quer saber exatamente?
- Se o quesito em questão é a fortuna da vítima. Quero saber ao certo quem são os mais beneficiados.
- Pois bem Javier. Providenciarei a presença dos dois.
- Primeiro me traga Pedro Fuentes. O depoimento dele pode me livrar de alguns aborrecimentos com burocracia e com a esperteza dos advogados. Eles conhecem as regras.
- Ainda é o velho Javier. Voltarei logo. - Saiu rindo e balançando a cabeça.
Javier agora estava só e ainda estático. Mantinha um sorriso enigmático e cínico, que aquele homem tinha quando havia deixado algo passar.


*

Trinta minutos após...

- Javier, aqui está Pedro Fuentes. - Disse o chefe de polícia pedindo para que o suspeito se sentasse. Carlos havia voltado e já se despedia,antes avisando que um policial ficaria de guarda.
- Pedro Fuentes. É um prazer. Me chamo Javier, detetive convidado para ajudar neste caso. Digamos que o chefe de polícia confia em mim e gosta dos meus métodos.
- É um prazer detetive. Eu espero que tudo se solucione rápido. É muito doloroso para mim conviver com isso tudo.
- Eu respeito isso senhor. Pode paracer ofensa o que irei fazer, mas faz parte do andamento de todo o processod e investigação. Vou fazer algumas perguntas, preciso que seja claro.
- No que eu puder ajudar senhor...
- Sua relação com a sua mulher era conturbada? Tenho alguns depoimentos que me afirmaram isso. - Mentiu o detetive.
- Não detetive. Tínhamos uma relação normal. Nos amávamos, dividíamos a mesma casa. Não eram cabíveis aqui descontentamentos.
- Senhor Fuentes. E uma traição? Isso desestruturaria um casamento? Isso tornaría as coisas mais cabíveis?
O suspeito agora passava os olhos de um lado para o outro e ainda tentava balbuciar algumas palavras.
- Nn..Na...Não me diga que o senhor está insinuando que eu tenha matado...
- Não estou insinuando nada, senhor. Apenas estou averiguando os fatos. E um desses fatos é que Isa tinha um amante e o senhor sabia disso.
- Eu soube faz um mês - Baixou a cabeça como que envergonhado - Ela andava estranha. Eu fazia tudo por ela, para ela e, de repente, eu encontro uma carta anônima no bolso da sua calça.
-Ela não imaginava que você pudesse encontrar a carta ali?
-Eu fingia que nem desconfiava detetive. " Eu e Isa nos conhecemos num baile. Ela era muito formosa, linda, rica, atraente. Ela tinha ido ao baile com um acompanhante que é filho do banqueiro Xavier Santana. Seu nome é Lucas Santana, hoje presidente do Banco Santana. Mas ele era apaixonada por uma garota simples, porém bela, e que também havia ido àquele baile. Parecia esperá-lo. Isa e ele discutiram e então ele partiu ao encontro da outra, e deixou Isa sozinha no meio do salão. Fui em direção a Isa e comecei a conversar.Conversei assuntos sobre a festa, sobre coisas de qualquer papo inicial. Nunca fui rico. Minha família é de classe média e fiquei surpreso por ela conversar normalmente comigo. Ela também era simples no seu jeito. Estava um pouco deprimida e ficamos conversando e dançando toda a noite. Pouco a pouco fomos nos apaixonando. Tínhamos outros encontros, até que casamos. Foi lindo o casamento, mesmo com reprovações por parte de alguns familiares. Então passamos a viver juntos nessa casa. Isa era louca para ter filhos, mas eu não podia ter. Sou estéril. Tentamos algumas vezes mas nunca conseguimos. Ela sofria quando a sua...você sabe.. descia. Porém, mesmo com todo esse problema nossa vida era ótima. Até que há um mês atrás, ela havia ficado triste, cansada. Não me correspondia mais nos carinhos como antes. Nunca mostrei desconfiança apesar de tudo. Por vezes dormia e a deixava ainda acordada. Até que encontrei essa carta em sua calça. Dizia: ' Espero-te hoje a noite.' . Não sabia como essa carta chegara a ela, porque era eu o encarregado de cuidar das correspondências que nos eram enviadas, e nunca vi nada parecido com aquilo. Perguntei aos empregados se sabiam ou viram algo, mas não sabiam. Adverti Miguel, o porteiro, que se chegasse algum homem procurando por ela, que me chamasse e eu resolveria. Estava decidido a resolver isto. Mas nunca apareceu ninguém. Ela passou a sair algumas vezes em encontros de amigas para mostras de galerias artísticas. Ás vezes dizia que ia se encontrar com seu irmão para resolver assuntos de família. Luca e Isa haviam se afastado um pouco. Eles não se davam muito bem desde então. Até que chegou o dia de ontem. Ela chegara tarde da empresa e estava estressada. Me disse que era o trabalho. Mas eu a percebi um pouco aflita ou espantada. Tomou um banho, não comeu nada e logo deitou na cama comigo. Transamos e depois ela dormiu, sem nem conversar sobre o que estava acontecendo. Eu preferi esperar até que ela se acalmasse mais para que eu a revelasse que sabia de tudo. Naquela noite a olhei dormindo,por um tempo, e depois também acabei caindo em sono. Pela manhã, já era cedo, percebi sua falta e levantei da cama para saber onde poderia ter ido. Talvez apenas tivesse ido no andar de baixo. Quando saí do quarto ouví o ranger da porta do quarto de hospédes. Caminhei até lá curioso por estar aberto, Isa o mantinha sempre fechado. Mesma assim imaginei que ela pudesse ter esquecido e o vendo era quem a tinha aberto. Aproximei-me e pude ver a cena que ainda não saiu da minha cabeça. Isa estava jogada no chão. Estava ensaguentada. De primeiro impacto saí do quarto e fui chamar os dois empregados que naquele dia ficavam o dia todo lá,Vítor e Miguel." Então chamamos a polícia senhor detetive.
- Pois bem senhor Fuentes. Comentara que ela não estava bem com o seu irmão. Sabe o motivo?
- Não. Certo dia os ouvi discutindo. Mas eu fui criado de uma maneira diferente das pessoas ricas de Madrid. Não costumo ouvir conversar que não me dizem respeito. Isa me falava que não queria me intrometer nos assuntos da família dela. Eles não era a favor do nosso casamento.
- Não conseguiu pegar nada da conversa nem ocasionalmente?
- Apenas que estavam discutindo sobre a porcentagem da herança. Eu percebia que Luca reclamava por ter ficado com menos do que Isa. Logo a empresa era dela por maioria da porcentagem.ELe reclamava que ela não se importava com a família. Ouvi também que ele estava indo para a Itália falar com Matarazzo. Esse é um amigo antigo do casal Mallardo, e também dos seus filhos. Foi o que eu pude ouvir quando estavam num tom mais alto senhor Javier.
- Tudo bem senhor Fuentes. E quanto ao quarto de hóspedes. Ouvi o senhor falando que ele vivia fechado...
- Isso senhor. Fazia tempo que ninguém nos visitava, apenas Luca porque a casa também era sua e suas amigas algumas vezes, mas nunca dormiam lá. Algumas vezes ela mesmo arrumava o quarto e o trancava novamente.
- Algum dia a camareira chegou a arrumar esse quarto?
- Creio que não detetive. Não que eu saiba. Ela se limitava ao nosso quarto, o de Luca e o do casal Mallardo. Arrumava também os outros aposentos da casa.
- Ela tinha alguma relação com Isa? Amizade...
- Isa gostava dela sim. Ás vezes elas conversavam sobre os homens que cortejavam Lúcia. Por que detetive?
- Não posso dizer com clareza agora senhor Fuentes. Estas informações no momento são confidenciais. Peço que não se ausente e nem se afaste daqui de Madrid. Poderemos precisar novamente dos seus depoimentos. Por enquanto está liberado. Obrigado senhor Fuentes.
- Por nada senhor Dantas. Descubra quem é o assassino.
- Quando o senhor menos esperar Pedro - Esboçou um sorriso e indicou a saída para alguém que conhecia aquela casa mais do que ninguém.
O policial levara Pedro Fuentes embora dali. Javier tinha esclarecido alguns pontos e confirmado outros. A camareira havia mentido. Ela não costumava arrumar o quarto de hóspedes. Por que mentia? Será que queria encobertar algo ou alguém? Será que conhecia quem era o amante de Isa? Será que facilitava a sua entrada? Porque o porteiro havia mentido quando disse que havia chegado um homem a procura de Isa. Será que ele não contou a Pedro? Será que não tinha ocorrido tal fato? Ou será que era Pedro que estava mentindo? Javier tinha muitas questões sobre tudo. Mas tinha uma certeza. Todas essas pessoas se conectavam em algo. E ainda tinha o desentendimento de Isa com seu irmão. Matar por raiva de ser o segundo beneficiado ou por motivos de família é muito corriqueiro. E esse Matarazzo? Quem era? Javier Dantas tinha algumas respostas a buscar, e começaria com a camareira, Lúcia Rimbas.

Capítulo 5

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Javier havia voltado ao andar dos aposentos. Caminhou até a sala para esperar os empregados da casa para o interrogatório. O detetive sentou em uma das poltronas, enquanto olhava os quadros cubistas da parede oposta. Aquele quadro o havia chamado atenção. Javier era um exímio conhecedor das artes e nunca vira aquele quadro. Era perceptível os traços referentes à escola do cubismo, mas não lembrava em nada os quadros que o Salvador Dali e os outros cubistas tinham pintado. Sua meditação foi interrompida com a entrada do inspetor, dois policiais e os empregados da casa. Javier deu um sinal de afirmativo e insinuou que Henry e os dois policiais se retirassem.
- Irei apenas deixar um dos policiais de guarda um pouco mais ali na frente detetive. - Disse o inspetor.
- Tudo bem inspetor, mas duvido que irei precisar.- Falou rindo de maneira cínica.
Os demais se retiraram, Javier voltou a sentar na poltrona. Olhou para os empregados e fez um sinal para que os mesmos sentassem no sofá. Eram três homens e duas mulheres. Olhou para o primeiro rapaz que havia sentado mais à esquerda.
- Acredito que seja o mordomo. Não tem porte para os trabalhos mais pesados da casa.- O rapaz era jovem, de certa forma elegante, porém magro, e não tinha pinta alguma de alguém que pega no pesado.
- Acertou senhor. Sirvo como mordomo nessa casa.
- Pois bem. Quero adiantar algumas coisas,por isso vos chamei em conjunto. Porém irei conversar a sós com alguém, mais tarde, se for preciso. - Espero que não omitam nada.- Bradou Javier.
- Tenho um profundo pensamento de que Isa tinha um amante.
Os empregados se entreolharam de uma forma um pouco confusa ou surpresa.
- Adianto a vocês que quem omitir informações pode ser preso.
- Eu acho que sim senhor. - Disse uma voz um pouco rouca,vindo de um rapaz alto, esbelto de porte forte, tinha cabelo castanho claro - Certo dia ele viera aqui, um pouco chateado, conturbado com algo que aconteceu entre eles. Era um homem alto, simpático. Não o deixei entrar, por ordens do próprio senhor Pedro Fuentes, marido de Isa.
- Senhor...
- Miguel Novaes senhor-Adiantou- Sou o porteiro.
- Por certo senhor Novaes. Depois conversaremos a sós.
Javier estava processando o que o porteiro tinha falado. Já tinha alguma certeza e uma linha para se seguir. Mas talvez os outros empregados ajudassem ainda em algo. Olhou para um homem mais baixo, troncudo, com traços de uma vida dura, olhos cerrados e mãos grossas.
- Acredito que seja o jardineiro. - Disse rapidamente o detetive.
- Incrível senhor. Mas não só isso. Também cuido das atividades pesadas da casa. Conserto coisas.
- Sabe de algo estranho ou curioso sobre esse caso também?
- Não sei senhor.
- Como se chama?
- Vitor Sanches, senhor. - Dizia sempre com os olhos baixos.
- E vocês duas? - Javier agora se direcionava às duas mulheres.
- Você é a cozinheira, eu creio. Sabe de algo estranho?
- Não detetive. Apenas que Isa não vinha comendo bem faz uma semana.
- Perguntou o motivo a ela?
- Não senhor. Nós não eramos tão íntimas.
- E você é a camareira. Como se chama?
- Lúcia senhor. Lúcia Rimbas.
- Então Lúcia, o que sabe que eu ainda não sei?
- Não sei de nada senhor- Retrucou a camareira.
- Nunca achou nada estranho no quarto de Isa enquanto o arrumava?
- Não senhor. Não costumo arrumar sempre aquele quarto. Por vezes ela me pedia para que eu não subisse para arrumar.
- E o quarto do crime? O quarto de hóspedes?
- Não senhor. Aquele quarto está sempre em ordem. Eu o arrumei pela tarde no dia de ontem.
- E não encontrou mesmo nada suspeito? No cheiro, na arrumação da cama? A que horas você esteve lá senhorita?
- Às cinco e meia da tarde - Falou com um certo tom de segurança.
- Tudo bem. Eu deixo avisado de que a qualquer momento posso precisar dos depoimentos de qualquer um. Eu fui chamado para solucionar esse caso. Porém, o inspetor oficial da polícia é o senhor Henry Vanfaire que vocês já devem tê-lo conhecido. Ele pegará e gravará os depoimentos de vocês formalmente.
Javier havia liberado para que os empregados saíssem. Deu um assobio para que o policial os levasse.
- Opss...antes de irem. O senhor Miguel e a senhorita Lúcia, precisarei novamente conversar com vocês mais tarde.
Com um aceno de cabeça eles saíram carregados pelo policial. Javier sabia do amante e agora tinha certeza. Ficara com pensamentos martelando em sua mente "Quem poderia ser esse amante? O marido de Isa sabia, porque o mesmo havia dado a ordem para o porteiro para que não deixasse o amante entrar. Ele estava em casa com ela no dia do crime, no momento do crime. Um homem mata por amor e também por ódio de uma traição". Javier tinha um primeiro suspeito, e um caminho para se seguir.

Dois lados de uma mesma moeda

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Bem distante se via os dois semblantes,
As linhas corpóreas se distinguiam sem dificuldades,
uma ascendente, apontava para cima e destinada a apenas crescer,
outra que descendia, e não menos honradamente, seguia a sua sina de voltar ao início de tudo,
Eram dois, ou partes de um, eram sós, ou juntos na fé,
andavam sem parar, caminhavam devagar, passo a passo,
entre galhos, entre espinhos, tirando as pedras, eles ainda andavam,
E se olhavam, e se abraçavam, como que reconhecendo onde o limite de cada um chegava,
mas eles insistiam, e não olhavam para trás,
Eram duas idades, eram duas fases, eram duas histórias que se encontravam e se confundiam nelas mesmas,
Eram duas faces, duas glórias, várias lembranças que se interpolavam e se misturavam como uma dança de valsa da despedida,
Era o velho e o novo,
O idoso e o moço,
A fadiga e a força,
O fim e o começo,
Os dois sorriam, e contavam histórias,
E pelo caminho iam sumindo, até que viravam um,
Uma lembrança, uma fase, uma história, uma vida... o início e o fim de uma vida...

... E o caminho agora era limpo, e a neblina daquele dia ia se dissipando para um lugar que já não se pode saber onde.

Em breve novo capítulo da série Gritos em Madrid . Novo capítulo ( 5 ) já em andamento. Agradeço a paciência.

Rodrigo Seixas

Nada além da verdade

Jaz os beatos com seus júbilos e velas.
Eis aqui, os estudiosos das sagradas escrituras,
Semeadores em nome da própria justiça,
Unidos pela santíssima inquisição,
Salivadores dos abnegados interesses da igreja.

Caricaturaram um certo deus,
Responsável por salvação nenhuma.
Idolatram em nome de Ti,
Suplicando coisas que nenhuma imagem de escultura pode oferecer.
Tristes assim hão de permanecer,
Obstinados pela falsa fé, irão morrer...

Venerado Deus,
Incertezas sempre existirão...
Vou seguir os teus caminhos,
E me humilharei se for preciso!

Existe essa certeza no meu coração,
Me livra de todo o mal.

Manifesta o seu poder!
Inconscientemente, consequentemente,
Minh'alma vive em Ti.

Atonia

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ainda bate o coração?
Não sei...
Por vezes penso que é uma bomba relógio dentro de mim.
Basta uma pequena chama para que ele exploda em pedaços!

Depois fica esse vazio interior.
Flashes de momentos que não quero esquecer,
Memórias do quanto feliz era,
Mas assim como tudo na vida, o inesperado chega.

O pior de tudo é que nada fiz para merecer:
Tal solidão...
Tal abnegação...
Tal frustração...

Sofro por amar e não ser amado,
Amar de coração e não só apaixonado.
Apaixonada só e sem amor no coração,
Optou viver na contramão!

Manhãs

Mais um dia se levantou,
se mostrou suave ao entrar,
sorrindo para mim,
vi que tudo estava no lugar,
O vento que sussurra,
me trouxe o fôlego que faltou,
Encheu-me de vida e tudo mais se transformou

Quero te sentir, em cada toque de tuas mãos
E tua grandeza se faz dentro do meu coração
Eu quero te sentir, em cada elemento,
em cada sentimento que eu tiver

Não, nada mais cegará ,
Não, a tua glória limpa a minha visão,
quero te alcançar,
São as portas do céu que se abrem então,
pra me esperar, pra te esperar,
Eu sei que a tua luz ilumina o meu ser
E que eu te encontrarei em mais um(a)manhã.