Ai de mim se não olhar o mundo com os olhos que me dão,
Mas não o faço, e nem o olho,
Prefiro olhá-lo com olhos meus, os olhos rasos, os olhos tensos, os olhos oblíquos,
Olhar o céu e não ver dimensão, olhar o homem e não ver distinção,
Olhar a mim e não ter sensação do meu próprio eu,
Não quero perder-me em martírios vãos, nem aproveitar-me de palavras doces,
Quero apenas enxergar tudo como realmente é, qualquer sentimento torpe,
Qualquer ínfimo motivo que me faz acordar, e abrir os olhos para mais um amanhecer,
Ah...esses olhos muito já viram, muito já presenciaram,
Mas não o poupo de tudo o que é exposto a mim, nem o escondo por trás dos óculos,
Antes eu o atonizo olhando a tudo e a todos como algo dinâmico, porque assim é
Diante de tudo eu me vi um nada, e me fiz um tudo,
Diante de tudo eu me vi perdido no mundo e me achei em mágua,
Mesmo assim levanto, e "reflito" em mim nos espelhos que se formam nos meus olhos d'água.
Olhos d´água
sábado, 5 de dezembro de 2009
Postado por
Rodrigo Seixas
às
23:00
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