Vinte e três do mês nove
Aquele dia choveu,
As lágrimas da chuva bateram com força na minha janela,
Imagino que não haveria lugar melhor para estar do que ali,
olhando, pensando, sorrindo,
Cada gota que pingava enchia-me por dentro,
O cheiro exalava aquela mansidão daquela tarde,
E eu ainda ali, sozinho,
Perdia-me em meus pensamentos,
quer eu estava navegando naquela água, quer era meu pranto,
Mas o sonho sempre se interrompia a cada rajada de trovão,
As ideias pouco a pouco iam tomando forma,
tênebras, ilucidas, sombrias,
tímidas, vastas, secretas,
As palavras iam se encaixando naquele livro,
As gotas iam tomando forma naquele vidro,
animais, mulheres, sapatos, sentimentos,
tudo naquela tarde se tornava presente,
Porém o ultimo ruido cortou todo o espetáculo,
O ultimo trovão rajou no céu,
O último suspiro se ouviu de mim,
A ultima palavra se escreveu,
O ultimo sentimento se exprimiu,
O ultimo sorriso com dificuldade saiu,
E a última lágrima junto com a chuva ia sumindo,
Mas o meu ser continuava ali,
esperando talvez outro espetáculo que me trouxesse a paz,
outra obra que me devolvesse o pensamento,
outro sonho que me desse contentamento,
outra chuva, nada mais.
Um dia de chuva
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Postado por
Rodrigo Seixas
às
22:00
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' Felicidade .
domingo, 20 de setembro de 2009
Quando o coração descansa e todas as coisas parecem cantar,
O verde de algumas árvores se perde na imensidão do azul,
Os pássaros cantam em sintonia a voar,
As ruas tornam-se longas e na canção, cada instrumento passa a se intencificar.
Nossos olhos brilham,
Falando mais do que nossa boca poderia tentar,
E as belas curvas que nos levam a algum lugar,
Enfeitadas por monumentos, coqueiros, pequenas pracinhas
E a calmaria de uma domingo que está a se desenrolar.
Umas folhinhas verdes até caem por aí,
A vida brincando, lançando para nós todo seu encanto,
Leva o coração a descansar,
Passa em nossos braços abertos como o vento a soprar,
Nos arrepia, nos faz sorrir e sonhar,
Sabendo muito bem com o que brinca e como brincar,
Encantando de uma forma sem igual até o seu dia de parar.
É! quando o coração descansa e todas as coisas parecem cantar,
Nos encontramos então entrelaçados no encanto da vida,
Nestes momentos raros, tão simples,
Porém difíceis denominar,
Uns chamam de felicidade,
A famosa felicidade que mesmo demorando,
Um dia nos pega aqui, ou outro dia nos pegará por lá.
Simples felicidade, que faz o coração descansar,
A vida com seu toque caminhando por aí a encantar.
A vida com seu toque caminhando por aí a encantar.
E hoje ela me pegou! Não posso negar!
Postado por
Cíntira's Castle
às
16:57
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