Hoje me permiti tocar as horas,
São como raios de luzes fugindo ao infinito
Bolsas, complexos que guardam as saudades,
Densas lembranças de momentos bonitos,
E de outros tantos nem tão memoráveis,
Incansáveis lapsos de tempos perdidos,
Irresolutas, esguias, pois que são inefáveis
E incompreendido se torna o valor do seu ritmo.
Horas pujantes, velozes mas calmas,
Capazes de se estenderem em compasso distinto
Ora atrasa, ora avança, hora que segue e não para,
Por certo não cansa, hora que segue o destino
E se, outrora, desejei parar-lhe a minha frente, por medo
Hoje deixo esvair-se, meio que indiferente, entre os dedos.
R.S.
HORAS ESGUIAS
domingo, 24 de agosto de 2014
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Rodrigo Seixas
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sexta-feira, 13 de julho de 2012
Um rastro de esperança ainda existia em mim;
Era nisso que acreditava.
E por muitas vezes eu duvidava, mas ao mesmo tempo Algo não me deixava esmorecer.
No dia a dia, era aquela mesma angústia.
Não sabia o que fazer.
Sabe quando você sente falta de alguma coisa?
É, existia aquele vazio em mim.
Sofri,
Chorei,
Meus dias eram pífios.
Pensava que não sabia o motivo, a razão, mas bem lá no fundo sabia a resposta...
Então eu clamei,
Vislumbrei o Céu.
Pedi orientação ao Pai, e ele assim respondeu:
- " Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
(João 14:6)
E foi assim;
Buscando trilhar este reto caminho,
Que pude entrever o que realmente faz sentido para mim:
- Jesus Cristo, o Renovo, o mais belo suspiro!
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Binhu Seixas
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21:59
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terça-feira, 8 de maio de 2012
Há uma busca incessante em se achar o segredo da vida, as fórmulas prontas para o sucesso dos projetos, dos relacionamentos, o modo certo de se fazer algo, ou mesmo o caminho correto a se seguir e para se viver. Insere-se ai, tanto as diversas religiões em referência mesmo às várias instituições eclesiásticas e de culto a um sagrado, como também as praticas religiosas no dia a dia, o costume, o hábito, a cultura. Esse último sentido é muito pouco abordado, mas que em nada se retira ou se exclui do peso em que os hábitos religiosos nos põem. Paremos e analisemos: Por que designar maneiras de um amor acontecer, padrões para que alguém suba na vida, ou conceitos para se entender o universo? Em nada aqui eu estou sendo relativista ao extremo, mas fujo mesmo de um etnocentrismo social e cultural,de um padrão absoluto. Eu apenas acredito que o segredo da vida é descobrir vivendo o que verdadeiramente vale a pena. É se apegar no que importa, no que é vivo, no que transcende a dimensão espaço-tempo, aqui e agora, mas é eterno e é equilíbrio. Havendo uma única verdade ( e creio mesmo que haja), não se preocupem, ela prevalecerá, tudo um dia será descoberto, e a verdadeira luz virá para esclarecer de fato, aqueles que se achavam iluminados, ou para dar descanso àqueles que passaram a vida toda buscando saber o que de fato é o "além". Busquem tão somente a Deus. Busquem seu amor, procurem conhecê-Lo. Pois este amor lhes fará viver o enquanto, o que é importante de verdade, o essencial , o simples e o complexo, o intenso , a verdadeira sabedoria, e ancorados nessa graça e nesse amor, as algemas doutrinárias ou as vendas religiosas são algo sem valor, algo efêmero. A verdadeira vida é abundante em si mesmo. É a raiz, a fonte, e o fim de si própria. E não precisa de nada para incrementá-la.
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Rodrigo Seixas
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14:28
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Histórias (des)cobertas
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Já faz um tempo que não me vejo sem ver a ti,
Já não me tenho sem ter teus laços de amor sem fim,
Já não me faço, já não me acho, eu me embaraço em tentar fugir,
Eu já não posso, nem me atrevo à sorte do acaso agir,
E por isso eu traço, os meus meios vastos para te atingir,
Quero mesmo forte, te ter em meus braços para te sentir,
Quero convidar teu olfato e dar minha pele ao tato de tuas belas mãos,
De tuas grandes garras que penetram em mim, ser uma presa fácil ao teu coração.
Quero virar-te ao avesso, vasculhar teus cantos,
Ser pra ti um manto que te cobre por inteiro,
E por alguns momentos, ocupar o mesmo espaço,
Sermos um exato, sermos verdadeiros
Preciso então mostrar-te nossa composição,
No vai e vem dos passos, dança, canção, relato,nossa grande paixão,
Suor, amor, cansaço, dois olhos que se enlaçam e
O fato consumado de nossa união.
Perder-me em teus braços,´
É enfim achar-me, é luz na escuridão.
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Rodrigo Seixas
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Comentários sobre a Ciência Política e Consciência Cristã
sábado, 31 de março de 2012
Comentários sobre a Ciência Política e Consciência Cristã
Por Rodrigo Seixas, bacharel em Negociações
Internacionais
A
ciência política vem tentando durante o tempo mostrar-se tão poderosamente
prática como teórica. Esse é o quesito comum das ciências: Provar que aquilo
que ela estuda é “material” no sentido da “aplicação” das teorias que o
circundam, na prática. Edward H. Carr trata em seu livro Vinte anos de Crise 1919-1939, nos seus primeiros capítulos,
justamente a bipolarização de duas vertentes do pensamento político no então
surgimento dessa matéria como ciência. Por um lado, os utópicos e por outro
lado os realistas. Os utópicos imersos em suas aspirações, sempre exercitam
suas mentes em prol de um objetivo futuro. Querem a todo custo, desenvolver um
pensamento profundo e denso com o intuito de conseguir lograr aquela situação
pregada em suas aspirações na sociedade vindoura. Os realistas por sua vez, fixam-se
na análise da realidade atual dos fatos e acontecimentos e, destarte, desenvolve
seus métodos de fundamentação de modelos políticos que servirão como “remédios”
para os problemas que afligem o momento político-econômico do seu tempo. O
problema é que enquanto houver as enormes disparidades entre esses dois polos,
que não se entendem e nem se equilibram, a ciência política não avançará, não
frutificará como a ciência que resolverá os problemas de administração política
da nossa sociedade.
Edward H. Carr nos apresenta algumas
alusões acerca do que ele analisava da Ciência Política em sua formação. Primeiramente
como a diferenciação entre Teoria e prática, o autor compara os intelectuais e
burocratas e a esquerda da direita. Os
teóricos, os esquerdistas e os intelectuais, tendem a olhar o mundo com olhares
visionários do desejo ardente e revolucionário que carregam dentro de si. Todo
modelo político comportou esses tipos de cientistas, tanto o capitalismo, para
aqueles que utopicamente imaginavam um sistema que se autogeriria e que não
necessitaria da intervenção do estado, o mercado regulamentaria o sistema
econômico. Algo que se mostrou verdadeiramente, no decorrer do tempo, como um
sonho falido, tendo em vista que os mercados tiveram que ser salvos em momentos
de crise pelo grande Estado soberano, intervindo na economia. Do outro o
Comunismo, que alimentou devaneios de uma comunidade perfeita, onde todos os
indivíduos se respeitassem e fossem adeptos de um sistema igualitário, onde o
poder emanaria do povo. Esqueceram apenas que mesmo o comunismo precisaria de
uma liderança alto-escalão para gerir o sistema. Foram omissos também ao
mascarar a verdade de uma sociedade consumista, individualista e meritocrática,
que de maneira alguma aceitaria tais propostas políticas prontamente. Esse é o
nosso povo.
Vê-se sempre uma briga de oposições
entre o que é certo e errado, melhor e pior, justo e injusto. Talvez não seja
abstração em demasiado, imaginar a dualidade que persiste o nosso mundo e em
nós, seres humanos. A dualidade entre o bem e o mal; esquerda, direita;
profano, beato; do que é santo e do que é do pecado. Não querendo entrar
totalmente em um ramo teológico, prefiro me abster apenas em denotar que
enquanto os pensamentos se mantiverem em opostos mal fundamentados, haverá
confusão de conceitos, confusão de ideias, e de ações. Da mesma maneira que o
ideal da Ciência Política é encontrar uma forma com que as teorias se encaixem
na prática e na realidade da sociedade, para que assim, razão e utopia, sejam
unidas, equilibradas e ganhem vida e sucesso, assim também o é com nossa vida
individual, privada e pública frente aos outros e à comunidade.
A palavra é essa: equilíbrio. E
aqui, equilíbrio nada tem a ver como o meio termo, a média aritmética, a metade
de dois extremos, não, mas o melhor jeito de se integrar tudo o que há de
melhor, oportuno e saudável em dois lados. Da mesma forma que a Ciência
Política, assim progredirá, a sociedade como um todo, como seres políticos que
nós somos, também se desenvolverá quando a palavra da vez for equilíbrio. Palavra tal que apenas vem
da Palavra principal, o verbo primário perfeito, o exemplo de cidadão, coerente
em sua política e ideias, revolucionário em seus conceitos, o novo pensamento
de Deus, fazedor na prática dos seus princípios: Jesus Cristo, o que
revolucionou o nosso mundo, este que pode sim, também revolucionar toda a
política. Este que veio para instaurar a razão e a fé naquilo que é bom,
naquilo que será por certo, caminho para a comunidade e sociedade política
perfeita.
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Rodrigo Seixas
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Novamente Criança
sexta-feira, 23 de março de 2012
Novos sonhos, daqueles de tirar outra vez um sorriso dos olhos:
Aquele sorriso envolto de lágrimas pela graça de novos horizontes.
O enxergar de uma nova manhã para aquele que teve um amor perdido,
Ou para aquele que viu seus planos se destruirem em instantes.
São pra aqueles que sofreram a dor amarga de uma perda,
Ou pros muitos que se perderam numa busca tão distante,
Que já não sabem mais o caminho de volta,estão cegos,
Ou já se lançaram desesperançosos numa sina errante.
Novos sonhos são pra aqueles que ainda não desistiram de ser,
De ser algo, ao que os pais, cheios de fé, tão desesperadamente clamam
De ser o novo, o outro passo, o novo ato, ponto marcante
De uma nova história, traçada e marcada na própria pele, com tinta vermelha, vermelha de sangue.
Novos sonhos são como o despertar de um novo tempo, de um novo momento o clarear da bela chance,
Daqueles que perdidos, se lançaram ao sabor do vento, e agora arrependidos tão maravilhosamente se levantam
As lágrimas que servem de luz para um feliz semblante , feito espelhos d´água refletem a nova esperança,
No reconstruir de uma nova etapa, no ressurgir da inocência,
No levantar de um novo dia, no sorriso que já brota
Novos sonhos de uma novamente criança.
Nova mente criança.
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Rodrigo Seixas
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Exortação à Loucura- Parte VIII
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Ao ver meus olhos de incredulidade e ao mesmo tempo
misericórdia pelo fato de uma pessoa ter assinado o nome de Deus numa carta,
René abaixou e pegou o papel. Ao invés
de me entregar, me disse: “Sei o que
pensa. Mas antes que julgue, espere eu te contar uma coisa. Depois com certeza
entenderá do que se trata, e tenha a certeza, essa verdade te chocará."
******
“ Isso aconteceu faz
já um bom tempo. Mantinha o costume de sempre vir pra cá como forma de fugir do
meu ambiente familiar. Esse lugar aqui era mais minha casa do que meu próprio
lar. O pastor havia me deixado tomar conta desse local, e ele mesmo vinha pouco
aqui. Estava passando por vários problemas emocionais e queria mesmo fugir da
minha realidade. Eu estava ficando louco! Verdadeiramente louco! Tudo o que eu mais
queria era entender esse Deus que tanto nos é falado, tanto nos é pregado e que
muitas vezes só o conhecemos em filosofias, em pregações, mas muito pouco em
verdade, vida. Queria uma prova de que tudo o que eu acreditava era real e que
aquelas pessoas que encaravam a igreja apenas como mais um reduto de convívio social
e um complexo jogo político de aparências estavam enganadas. Passava então
horas e horas orando neste lugar e implorando uma manifestação divina na minha
vida mais real, mais palpável. Um dia após, apenas um dia, recebi um envelope
cinza sem identificação, apenas com o endereço de destino. Aquele escritório
não recebia correspondências, até porque era apenas um lugar de estudo e
meditação no pastor, ele não mantinha aquele local como oficial. Peguei então a
correspondência e abri aquele envelope cinza. Dentro havia um carta em papel
vermelho. Eu também ainda estava tentando assimilar o conteúdo, que dizia isso
aqui: “ Se queres me achar em verdade, apenas busque-me em verdade. A minha presença
real é preciso ser desenvolvida dentro de você. Você que precisa se tornar
real, Eu sou. Assinado Deus”. Era realmente algo fora do comum, pois ninguém
sabia das minhas inquietações, nem mesmo meu pastor. Como podia eu receber algo
naquele lugar, de alguém que sabia dos meus pensamentos, dos meus
questionamentos? O mais interessante é que essa carta meu querido amigo, foi
apenas a primeira de uma série de encontros que eu tive com Ele. Isso é real.
Isso não é loucura. Muitos procuram a razão em vários lugares, menos dentro de
si. Uns confiam no empirismo da ciência,
outros acreditam que são deuses e já contradizem o próprio conceito de ser um
ateu. Um incrédulo. Muitos fogem para o outro extremo e desenvolvem algo em que
crer. Procuram meios de adaptar o surreal, o divino, a algo que eles gostem, a
algo que convenha às suas necessidades e desejos. Poucos procuram o que é real
de verdade. Poucos se interessam em saber o porquê de tantas pessoas que buscam
essa divindade cristã, serem tão loucas por esse Deus. Poucos desafiam a razão,
poucos a colocam em prova. Eu fiz isso! Grande parte da minha vida eu assisti a
um jogo sujo de peças sociáveis em busca de relações políticas de interesse
dentro da casa que chamam de “ Casa de Deus”. Assisti a uma briga de desejos e
interesses, estes que por muitas vezes eram colocados na frente até da ética e
do bom-senso humano. Assisti e sofri na
própria pele o que é ser rejeitado por ser diferente, por querer descobrir quem
sou. Fui chamado de louco por acreditar em um Deus que é de Verdade. Fui tomado
como louco porque afirmei que ele era real e que ele escrevia para mim. E há muito tempo que venho carregando esse
fardo comigo. Mas sou muito feliz, porque qualquer que seja a loucura por Deus
que eu precise defender, é mais suave do que a falsa sabedoria humana que se
insiste em pregar. Eu sou mesmo um louco.
CONTINUA NO PRÓXIMO
CAPÍTULO
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Rodrigo Seixas
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