Bem de longe cavalga em seu passado,
Num tempo em que o sonho lhe era permitido,
Imaginava a vida de um peão apaixonado,
E olhava pro campo, e ainda ouvia o seu grito
Não eram mais os traumas que o incomodavam,
Mas a notícia de nunca mais poder domá-lo,
Pelo rumo de um acidente do destino,
Pela indecente obra do acaso,
Mas sabia que mais ainda havia o peito,
Que batia ao ouvir aquele brado,
De longe se soava o berrante,
Trazendo em suas ondas aquele som cortante,
Que o trazia sempre às lembranças do passado.
Estava longe de andar errante,
Sabia bem da sua sina,
E mais que meros oito segundos
Tinha toda uma vida pra servir de montaria
Pra vencer os touros do caminho
Pra vencer, enfim, no fim do ato.
Além dos oito segundos
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Postado por
Rodrigo Seixas
às
16:08
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