O silêncio que mascara a razão- Parte II
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Como um liquido pode fazer coisas tão incriveis com a nossa mente? Essa pergunta o causava curiosidade e respeito. Respeito pela vodka. Ele tinha ali a poucos metros a sua frente, todo um universo cosmopolita de pessoas, entre as quais, mulheres lindas, estrangeiros, homens com interesses de azaração, gays anseando sair dali com um parceiro, e skinheads esperando a hora para espancar um gay. E ele estava ali. Perdido, solitario. Vendo tudo rodando. Observando ou apenas tentando entender o que acontecia naquele inicio de noite daquele bar russo, que mais parecia um pub irlandês. Na verdade ele sempre achara que era um pub irlandês. Lembrava ainda de ter visto dias antes a festa de Saint Patrick acontecer naquele lugar. Estava uma loucura. Loucura tal que agora ele entendia. Estar sob o efeito desta droga é realmente muito excitante e ao mesmo tempo deploravel. Precisava mesmo daquilo? Sim, ele precisava. Ele precisava sair, precisava esquecer. Sim, esquecer...Ele ja havia esquecido muita coisa, mesmo como havia chegado naquele sofa do canto. Mas conseguia prometer a si mesmo que so sairia se verdadeiramente conseguisse perceber o intuito de vida, o motivo que faz o coraçao de cada um daqueles festeiros pulsar. Ele não tinha as condições e percepções fisicas e sensorias aguçadas naquele momento, mas tinha a plena certeza de que recebia o convite para transcender em pensamento. Ele queria pensar. Ele queria entender. Por que aqueles estrangeiros se abraçam? A resposta? Não custou tanto a entender.
Postado por
Rodrigo Seixas
às
02:42
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